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Belvedere – Chacal

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Depois de 36 anos de exercício poético e treze livros publicados, Chacal dá uma “parada estratégica para ver a vista” e publica Belvedere, edição de sua obra completa produzida entre 1971 e 2007 que, portanto, traz não apenas os poemas de seus primeiros livros, mas também as produções mais recentes, que demonstram um claro amadurecimento do autor. Entre os doze livros contidos em Belvedere está o pequeno Muito prazer, Ricardo, com o qual o poeta inaugurou sua poesia aos vinte anos de idade.

Chacal foi um dos pioneiros da chamada geração mimeógrafo, que tirou a poesia das estantes das livrarias para “cair no mundo”. Na década de 1970, com o grupo Nuvem Cigana, realizou, pela primeira vez no Brasil, a poesia moderna falada. Acompanha o volume uma edição fac-símile do livro Quampérios, editado originalmente em 1977 e considerado pelos críticos uma das melhores obras do autor.

Belvedere é um lugar que você vai para ver a vista. Tinha um no final da serra das Araras, na Rio-São Paulo, onde eu parava sempre que ia para Mendes com a minha família nas férias. Naquele tempo, as viagens de carro eram custosas. Depois de algumas horas rodando, chegávamos ao Belvedere. Era a festa. Comer, beber, correr. Assim é que eu me sinto aqui neste livro. Depois de 36 anos de exercício poético e treze livros publicados, dou essa parada estratégica para ver a vista. Espero que você, leitor, possa se alimentar e se divertir, possa ler, ver e ouvir.

https://www.youtube.com/watch?v=Xb-9t_nkPmo

 

ChacalChacal

Chacal (Rio de Janeiro RJ 1951) publicou seu primeiro livro de poesia, Muito Prazer, Ricardo, em 1971. No ano seguinte colaborou na revista Navilouca e publicou seu livro/envelope Preço da Passagem. Passou a integrar, em 1975, a coleção literária Vida de Artista, com Cacaso, Eudoro Augusto, Francisco Alvim, entre outros; ainda em 1975 foi lançado seu livro América. De 1976 a 1977 foi integrante do grupo Nuvem Cigana, com Bernardo Vilhena e Ronaldo Bastos, entre outros poetas. Formou-se bacharel em Comunicação pela UFRJ em 1977. Entre 1978 e 1983 foi co-autor das peças teatrais Aquela Coisa Toda, com o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e Recordações do Futuro, com o grupo Manhas & Manias. Na década de 1980 trabalhou como cronista do Correio Brasiliense e da Folha de S. Paulo, além de roteirista da TV Globo. Nos anos de 1990 foi produtor do Centro de Experimentação Poética – CEP 20000, da Rioarte, coordenador de oficinas de poesia na UERJ e no Parque Lage e editor da revista O Carioca. Sua obra poética inclui Nariz Aniz (1979), Boca Roxa (1979), Comício de Tudo (1986) e Letra Elétrika (1994). O poeta Paulo Leminski afirmou sobre a obra de Chacal, que é de tendência contemporânea: “A palavra ‘lúdico’ é a chave para a poesia de Chacal”. Leminski também via nos poemas de Chacal a presença “da Poesia Concreta, das letras de música popular, do mundo industrial e urbano que se abateu, irremediavelmente, sobre nós.”

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