Em nosso entendimento nenhum país do mundo apresenta tantas possibilidades para o desenvolvimento da pecuária como o Brasil. Com seus 8.511.965 km², cognominado por Pierre Deffontaines como a “nação-continente”, é quase todo próprio para as atividades agropecuárias. Há quem considere que o clima do Brasil é um “eterno verão” sem grandes variações; sem os rigores dos invernos europeus (na Alemanha os termômetros registram 36º abaixo de zero em 1978) ou o clima tórrido das regiões centrais africanas. Os solos são favoráveis normalmente sem maiores restrições, em todo território brasileiro, com pequenas exceções, são de boas para ótimas para a pecuária, tanto para as pastagens como para os animais.
O exposto mostra porque consideramos um documento importante para a agropecuária nacional o livro “Manual de Pastagens e Forrageiras”.
O crescimento vertiginoso da população mundial, não acompanhado, no mesmo ritmo, pela produção de alimentos, intensifica e torna mais agudo o processo da fome. O mundo, a cada dia está mais faminto e em consequência disso mais belicoso.
Isto quer dizer que a demanda mundial de alimentos, que já é praticamente impossível de ser satisfeita, apresenta características ou tendências de se ampliar.
No conceito das nações, sem dúvida nenhuma, gozara de situação privilegiada o país que tiver alimentos para seu povo e para negociar. Esse dia não está distante de nós. Devemos nos organizar para assumirmos essa posição.
O Brasil apresenta imensas possibilidades agropastoris. Vencidos uns poucos obstáculos poderemos chegar e nos orgulhar de obter sensível melhoria das pastagens e do rebanho bovino. Para isso precisaremos, dentre outras coisas:
- Melhoramento genético dos animais
- Melhorar os níveis de alimentação, onde se incluem as pastagens.
- Maior e melhor atenção à sanidade animal, etc.
É nesse sentido que deveremos caminhar nos próximos anos. Nos laboratórios, nas salas de aula, nos escritórios e no campo, será necessário que todos estejamos conscientizados disso. As ações deverão se somar e avolumar-se e será, com certeza, uma bola de neve, que caminhará cada vez mais depressa e estará cada vez mais próxima do objetivo.
É por isso, que o presente trabalho traz sua contribuição. Oportuno, rico de informações, de linguagem simples. É o livro, que sentimos precisaria ter existido no nosso tempo de estudante; é o livro que nos faltava, como profissional que somos hoje; é o livro que recomendamos para estudantes, técnicos e pecuaristas.
O trabalho apresenta, de maneira simples, mas objetiva e de forma bastante ilustrada, dentre outros assuntos:
- Indicação de forrageiras para as várias regiões brasileiras e mais especificamente a paulista.
- Orientações sobre as características, formação e utilização da quase totalidade de nossas plantas forrageiras.
- Orientações sobre feno e silagem.
Pela envergadura da obra, percebe-se claramente a dedicação, o esforço e o carinho do autor para realiza-la.
Não há dúvidas de que sua grande vivência no assunto, dada pelo fato de ser bastante relacionado com os principais órgãos de pesquisas, de ter participado frequentemente dos conclaves ligados à zootecnia, de ser proprietário de fazenda de criação, de trabalhar nessa área de ação e ser autor de obra similar bem-sucedida, facilitou sobremaneira a elaboração da mesma. Tudo nos leva a crer que será mais um sucesso de livraria. E não poderia ser diferente, considerando o valor da obra e o extraordinário desenvolvimento por que passa a agropecuária no Brasil de hoje.
Segue abaixo um vídeo da própria Embrapa, explicando o assunto que se passa no livro do nosso acervo, espero que gostem. Bom estudo!
https://www.youtube.com/watch?v=W-JnxB3tCWc