Dentre os tantos sonhos, como cidadão constantinense, um deles era ver a história e a cultura de seu povo escritas em um livro para que todas as pessoas tivessem acesso às mesmas.
Talvez por ter expressado esse desejo por diversas vezes e nos mais diversos eventos municipais que participo e participei, eu tenha sido escolhido para prefaciar este livro.
Enquanto lia o mesmo, lembrei-me de algumas das tantas conversas que tive com os cidadãos constantinenses. Entre as muitas perguntas que fiz às pessoas sobre o que elas imaginavam que deveria estar no livro de Constantina.
Sem hesitar respondiam: – O prazer em participar deve estar presente!
O que elas queriam dizer é que deveria estar explícita a boa vontade das pessoas ao participarem do livro. Também diziam que esperavam encontrar lembranças de bons tempos, pois apesar da falta de tecnologia, as dificuldades nada mais eram do que parte de uma vida sossegada que hoje já não existe, seja de uma pequena e tranquila cidade ou até mesmo do interior do município.
Da vida de antigamente, somente quem viveu sabe!
Disseram ainda, que deveriam constar, além das histórias, imagens antigas confrontadas com imagens atuais de um mesmo cenário. Imagens de lavouras, máquinas, pessoas, de produtos, da cultura, de todos aqueles que realmente fizeram e fazem a história do município.
Aproveitei também para pensar em todas as entrevistas feitas, assim como em todos os colaboradores que se apresentaram com suas observações, com suas opiniões. Como disse Pablo Neruda, em seu livro de memórias: estas memórias são intermitentes, às vezes elas me fogem mas me gratificam como a uva que morre para dar lugar ao vinho sagrado, escrevendo, às vezes não vivo a minha vida, vivo a vida dos outros. Acredito que eram essas ideias que estavam presentes quando esta obra foi elaborada.
Acredito que aqui tentou-se retratar essas visões. Alguns artigos são providenciais, cito o exemplo do capítulo que trata da organização política de nosso município, onde foi citado o nome de todos os que foram candidatos a um cargo político, eleitos e não eleitos, pois entende-se que todos ajudaram a fazer a história, que a história é feita por todos, não apenas pelos eleitos.
Temos dois artigos que retratam a agricultura do município, bem como as organizações que surgiram a partir dela. Não se consegue contar a história de Constantina sem referir-se à contribuição de nossos agricultores, de nossos colonos. Da mesma forma, foi retratada, em diversos capítulos, a evolução do comércio, seja através dos primeiros que aqui se estabeleceram, como na construção do número atual de estabelecimentos comerciais.
Como este livro organizou-se, de maneira mais concreta, a partir do desfile temático em homenagem aos 50 anos de Constantina, umbilicalmente ele está ligado à Educação, motivo pelo qual está relatada a história de todas as escolas que nosso município já teve. Foi oportunizada, através de entrevistas, a opinião de cada secretário municipal de Educação, destacando seus pontos de vista sobre dificuldades e avanços em cada período.
A história das organizações, comunidades, entidades e clubes de serviço também constam no livro.
A Praça Getúlio Vargas é cartão de visitas e muitas histórias sobre a mesma encontram-se no livro, pois assim como dizia o poeta Castro Alvez: A praça é do povo assim como o céu é do condor.
Todos os textos que nos foram entregues encontram-se publicados. Alguns com alterações para podermos atender à todos.
Acredito que se procurou fazer com que este livro fosse o livro de todos os constantinenses!