Uma publicação de 220 páginas que compila artigos de professores e convidados publicados nos jornais A Razão, Diário de Santa Maria e no jornal da Sedufsm será lançada na Feira do Livro de Santa Maria nesta quarta, 30 de abril, a partir das 17h30. É o “Reflexões docentes”, que alcança o quinto volume, abrangendo o período de junho de 2010 a maio de 2012, e que corresponde a uma gestão da Sedufsm, que é entidade responsável pela edição/publicação. Este ano, o lançamento ocorre durante a Feira a partir de uma parceria com a Editora da UFSM.
Este ano, a tiragem do ‘Reflexões’ foi de 800 unidades. O livro estará à disposição de todos os docentes sindicalizados e de qualquer pessoa ou entidade interessada em obtê-lo. Alguns exemplares também serão enviados a bibliotecas de escolas municipais e estaduais e às instituições federais de ensino superior, com vistas a compartilhar temáticas e olhares dos docentes filiados ao sindicato. A distribuição é gratuita.
Originalmente publicados no jornal da Sedufsm e nos periódicos de Santa Maria, os artigos representam a pluralidade existente no meio da categoria docente, sendo, na visão do sindicato, um importante instrumento de politização, cultura, memória e contribuição com as lutas travadas na atualidade.
Escrever um texto desse para o Reflexões Docentes sempre se assemelha a um relatório ou uma avaliação de gestão. Ainda bem que o saldo é positivo. Sempre é, justamente pelos tropeços, que nos acompanhou cotidianamente nesses tempos bicudos. Crescemos decididamente. Saímos de um patamar de filiados que se mantinha parado há anos e muitos foram sindicalizados, uma boa parte depois de enfrentarmos a grave de 2012, a maior do movimento docente. Sinal que tivemos o aval e a confiança do sindicalizado. Somos referências até para quem nos ataca.
Nossos veículos de comunicação permitem o acesso à informação de forma aberta e democrática. Nossos eventos são concorridos, sejam aqueles de formação política e/ou cultural. Mas também estamos nas ruas e uma bandeira é pouco quando se sabe que a nossa, da SEDUFSM, é adotada também pelos movimentos sociais da cidade.
Abrigamos a rebeldia e a busca pelo conhecimento. Usamos nossa estrutura para o debate. Ouvimos o que não queremos, mas falamos – e garantimos – o que queremos, dentro do que a democracia e o máximo de cordialidade nos permite. Sofremos reveses, mas não por termos a razão nas mãos, mas por enfrentarmos o autoritarismo.
Canetaços nos atingem porque somente assim é possível nos abater… na luta justa e democrática. Vencemos mesmo sendo derrotados ocasionalmente. Temos um sindicato que vale esse nome, que se recusa à conformidade artificial e injusta. O mundo não é perfeito, mas fazemos o possível para sonhar o sonho perfeito. É errado? Não, se lutamos por ele. É isso que fazemos: lutamos em tempo real pelos sonhos.