Do diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus surgiu este autêntico exemplo de literatura-verdade, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. Com uma linguagem simples, mas contundente e original, a autora comove o leitor pelo realismo e pela sensibilidade na maneira de contar o que viu, viveu e sentiu durante os anos, em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com seus três filhos.
Ao ler este relato – verdadeiro best-seller no Brasil e no exterior -, você vai acompanhar o duro dia a dia de quem não tem amanhã. E vai perceber com tristeza que, mesmo tendo sido escrito na década de 1950, este livro jamais perdeu sua atualidade.
O cotidiano da favela já foi contado por diversos autores, de diferentes maneiras. Neste livro, a perspectiva é outra: é a de quem vive na favela, mais especificamente a de uma catadora de papel que só pôde chegar até o segundo ano do ensino fundamental.
Quarto de despejo é uma edição dos diários de Carolina Maria de Jesus, migrante de Sacramento, Minas Gerais, mãe solteira e moradora da primeira grande favela de São Paulo, a Canindé, que foi desocupada em meados dos anos 1960 para a construção da Marginal do Tietê.
O livro relata a amarga realidade dos favelados na década de 1950: os costumes de seus habitantes, a violência, a miséria, a fome e as dificuldades para se obter comida. O tempo passou, a cidade cresceu, mas a realidade de quem vive na miséria não mudou muito. Isso faz o relado de Carolina uma obra atemporal, sempre emocionante.
Best-seller traduzido para 13 línguas, Quarto de despejo também é um referencial importante para estudos culturais e sociais, tanto no Brasil como no exterior.
Conheça a história do descobrimento deste livro escrito pelo jornalista Audálio Dantas. Ao final do livro veja o depoimento de Carolina sobre a sua luta pela sobrevivência e sobre o seu ponto de vista em relação ao sucesso desta obra.
- Abaixo você encontra um breve resumo sobre a autora e sobre o livro aqui abordado.
https://www.youtube.com/watch?v=J56-K2U4vzs
Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus foi catadora de papel e viveu na favela do Canindé. Apaixonada por livros, ela alimentava sonhos e desabafava a sua triste realidade nas folhas encardidas de seus cadernos, que, mais tarde, tornaram-se públicas por meio desta obra única.