Um garoto de treze anos se machuca numa festa de aniversário. Quando adulto, um de seus colegas narra o episódio. A partir das motivações do que se revela mais que um acidente, cujas consequências se projetam em diversos fatos de sua vida nas décadas seguintes – a adolescência conturbada, uma mudança de cidade, um casamento em crise -, ele constrói uma reflexão corajosa sobre identidade, afeto e perda.
Dessa reflexão fazem parte também as trajetórias de seu pai, com quem o protagonista tem uma relação difícil, e de seu avô, sobrevivente de Auschwitz que passou anos escrevendo um diário secreto e bizarro. São três gerações, cuja história parece ser uma só; são lembranças que se juntam de maneira fragmentada, como numa lista em que os fatos carregam em si tanto inocência quanto brutalidade.
Numa prosa que oscila entre violência, lirismo e ironia, com pausas para uma neutralidade quase documental na descrição de cheiros, gostos, sons, fatos e sentimentos, Diário da queda – livro selecionado pela Bolsa Funarte de Criação Literária – é uma viagem inusitada pela memória de um homem no momento em que ele precisa fazer a escolha que mudará sua vida.
Leia um trecho do livro aqui.
- Trailer do 5º romance de Michel Laub
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=g_8c6IAl8QU
Michel Laub
Michel Laub nasceu em Porto Alegre, em 1973, e vive em São Paulo. Escritor e jornalista, foi editor-chefe da revista Bravo, coordenador de publicações e internet do Instituto Moreira Salles e colunista da Folha de S.Paulo e do Globo. Hoje é colaborador de diversas editoras e veículos no Brasil e exterior. Publicou sete romances, todos pela Companhia das Letras: Música Anterior (2001), Longe da água (2004), O segundo tempo (2006), O gato diz adeus (2009), Diário da queda (2011, com direitos vendidos para o cinema), A maçã envenenada (2013) e O Tribunal da Quinta-Feira(2016). Seus livros saíram em 13 países e 10 idiomas. É um dos integrantes da edição Os melhores jovens escritores brasileiros, da revista inglesa Granta.