Site Overlay

A anatomia do Estado – Murray N. Rothbard

eBook https://goo.gl/GcAJ5T

“Em A anatomia do estado, Murray Rothbard explica o que o estado é e o que ele não é. Ele mostra como o estado nada mais é do que uma instituição que viola tudo aquilo que consideramos honesto e moral, sempre agindo sob uma falsa aura de bondade e preocupação para com o cidadão. Ele demonstra como o estado devasta a liberdade, destrói a civilização e ameaça a vida, a propriedade e o bemestar social de todas as pessoas.

Neste influente e original ensaio, Rothbard consolida tudo o que aprendeu com a tradição misesiana, com a tradição liberal e com a tradição anarcocapitalista, dando origem, de forma verdadeiramente inovadora, a um pensamento profundamente sistemático sobre economia política e social.
O leitor que assimilar a concepção de Rothbard conseguirá entender claramente como todos os eventos estatistas atuais se encaixam de maneira lógica e compreensível, alterando para sempre a maneira como ele vê o mundo.”

 

Livro Disponível em formato eletrônico, acesse aqui

 

O Que o Estado Não É

O estado é quase universalmente considerado uma instituição de serviço social. Alguns teóricos veneram o estado como sendo a apoteose da sociedade; outros consideram-no uma organização afável, embora muitas vezes ineficiente, que tem o intuito de alcançar objetivos sociais. Porém quase todos o consideram um meio necessário para se atingir os objetivos da humanidade, um meio a ser usado contra o “setor privado” e que frequentemente ganha essa disputa pelos recursos.

Com o advento da democracia, a identificação do estado com a sociedade foi redobrada ao ponto de ser comum ouvir a vocalização de sentimentos que violam quase todos os princípios da razão e do senso comum, tais como: “nós somos o governo” ou “nós somos o estado”.

O termo coletivo útil “nós” permite lançar uma camuflagem ideológica sobre a realidade da vida política.  Se “nós somos o estado”, então qualquer coisa
que o estado faça a um indivíduo é não somente justo e não tirânico, como também “voluntário” da parte do respectivo indivíduo.  Se o estado incorre numa dívida pública que tem de ser paga através da cobrança de impostos sobre um grupo para benefício de outro, a realidade deste fardo é obscurecida pela afirmação de que “devemos a nós mesmos” (ou “a nossa dívida tem de ser paga”); se o estado recruta um homem, ou o põe na prisão por opinião dissidente, então ele está “fazendo isso a si mesmo” — e, como tal, não ocorreu nada de lamentável.

Nesta mesma linha de raciocínio, os judeus assassinados pelo governo nazista não foram mortos; pelo contrário, devem ter “cometido suicídio”, uma vez que eles eram o governo (que foi eleito democraticamente) e, como tal, qualquer coisa que o governo lhes tenha feito foi voluntário da sua parte.  Não seria necessário insistir mais neste ponto; no entanto, a esmagadora maioria das pessoas aceita esta ideia enganosa em maior ou menor grau.

Devemos, portanto, enfatizar a ideia de que “nós” não somos o estado; o governo não somos “nós”.  O estado não “representa” de nenhuma forma concreta a maioria das pessoas.  Mas, mesmo que o fizesse, mesmo que 70% das pessoas decidissem assassinar os restantes 30%, isso ainda assim seria um homicídio em massa e não um suicídio voluntário por parte da minoria chacinada.  Não se pode permitir que nenhuma metáfora organicista, nenhuma banalidade irrelevante, obscureça este fato essencial.

Se, então, o estado não somos “nós”, se ele não é a “família humana” se reunindo para decidir sobre os problemas mútuos, se ele não é uma reunião fraterna ou clube social, o que é afinal? Em poucas palavras, o estado é a organização social que visa a manter o monopólio do uso da força e da violência em uma determinada área territorial; especificamente, é a única organização da sociedade que obtém a sua receita não pela contribuição voluntária ou pelo pagamento de serviços fornecidos mas sim por meio da coerção.

Enquanto os outros indivíduos ou instituições obtêm o seu rendimento por meio da produção de bens e serviços e da venda voluntária e pacífica desses bens e serviços ao próximo, o estado obtém o seu rendimento através do uso da coerção; isto é, pelo uso e pela ameaça de prisão e pelo uso das armas. Depois de usar a força e a violência para obter a sua receita, o estado geralmente passa a regular e a ditar as outras ações dos seus súditos. Poderíamos pensar que a simples observação de todos os estados ao longo da história e de todo o globo seria prova suficiente para esta afirmação; mas o miasma do mito incrustou-se na atividade do estado há tanto tempo, que se torna necessária uma elaboração.

Disponível também em áudiobook, acesse aqui

 

 

 

 

 

 

Rothbard nasceu dia 2 de março de 1926, filho de David e Rae Rothbard em uma família judia construída no Bronx. “Eu cresci em uma cultura comunista”, dizia. Estudou na Universidade de Columbia, onde se tornou bacharel em matemática e economia em 1945 e mestre em artes em 1946. Fez ainda doutorado em filosofia e economia em 1956 na mesma universidade sob Arthur Burns.

Durante o início da década de 1950, estudou sob a orientação do economista austríaco Ludwig von Mises e seus seminários na Universidade de Nova York e foi grandemente influenciado pelo livro Ação Humana, de Mises. Nos anos 1950 e 1960 trabalhou para o liberal clássico Fundo William Volker em um projeto que resultou no livro Man, Economy and State, publicado em 1962. De 1963 a 1985, lecionou no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, no Brooklyn. De 1986 até sua morte foi um ilustre professor da Universidade de Nevada, Las Vegas. Rothbard fundou o Centro de Estudos Libertários em 1976 e o Jornal de Estudos Libertários, em 1977. Participou da criação em 1982 do Instituto Ludwig von Mises e, mais tarde, foi seu vice-presidente acadêmico. Em 1987 começou o acadêmico Review of Austrian Economics, agora chamado de Quarterly Journal of Austrian Economics.

Resultado de imagem para Murray Rothbard

 

Em 1953 casou-se com JoAnn Schumacher em Nova York, a quem ele chamou “quadro indispensável” para a sua vida e trabalho. Morreu em 1995 em Manhattan de um ataque cardíaco. Quando morreu, o obituário do New York Times chamou Rothbard de “um economista e filósofo social ferozmente defensor da liberdade individual contra a intervenção do governo.”

 

 

 

 

Resenha do livro Anatomia do Estado, de Murray Rothbard por Frederico Braga

https://www.youtube.com/watch?v=omL6QmyJrOg

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © 2024 . All Rights Reserved. | Chique Photography by Catch Themes