Ter uma irmã gêmea é muito confuso. É bom e ruim ao mesmo tempo. É saber que tem uma pessoa igual a você (bom, pelo menos é o que dizem).
A melhor parte de ter uma irmã gêmea é ter um porto seguro para voltar quando tudo der errado. É ter uma pessoa que é, sem dúvida, um espelho. É ter alguém para te ajudar e te livrar de várias broncas que a mãe pode dar. Alguém que saiba de todos os teus segredos e guarda-os num potinho, trancado com a chave do amor. É ter uma alma gêmea, um anjo da guarda, uma confidente.
Quando se tem uma irmã ou irmão gêmeo, todos vão buscar algo em você que os diferencia, e no caso meu e da Bruna, era nossa pinta. Certa vez, para enganar nossa professora de português, resolvemos fazer a mesma pinta, trocamos de lugar e cada uma fez o trabalho da outra. Prazer, vantagens do irmão gêmeo.
Mas como nem tudo são só rosas, e como em todas as relações onde existe amor verdadeiro há brigas, com nós não podia ser diferente. “Bruna, coloca essa roupa, não aquela!” “Eduarda, para com isso! Não é, não” e assim vai. Inúmeras brigas durante um dia. Briguinhas muitas vezes desnecessárias, que fazem com que ficamos sem olharmos na cara uma da outra por uns longos e duros minutos. Outro lado ruim é ter que aturar muitas pessoas confundindo nossos nomes. Aguentar as pessoas pedindo como é ter uma irmã gêmea já virou um tédio. Os famosos namoradinhos querendo pegar as duas se fazendo de desentendidos então, Deus me livre!
Ouvi dizer que Deus coloca as pessoas certas na nossa vida na hora certa. E ele colocou nós duas. Uma na vida da outra. Juntas desde o útero da nossa mãe. Juntas desde o primeiro toque, ainda na barriga. E por mais que alguns dias sejam difíceis, bom é voltar pra casa e saber que sempre vou ter aquela pessoa comigo.