Escola, lugar onde passamos doze ou mais anos de nossas vidas, onde em alguns dias a odiamos e em outros não vemos a hora de ir para lá, ver os amigos ou até mesmo assistir a aula do professor favorito.
Os primeiros anos, do primeiro ao quarto na escola são chamados de alfabetização. São os melhores e mais alegres, onde tudo é novidade para uma criança que até então não sabia ler ou escrever graficamente. Anos em que os professores fazem de tudo para encantar os alunos com desenhos para colorir, materiais de EVA, contos de fadas, materiais dos mais diversos tipos que aguçam a vontade e a curiosidade dos pequenos em saber mais.
Do quinto ao oitavo ano as coisas começam a ficar um pouco mais complicadas. Os professores precisam exigir mais de seus alunos e começam a tratar de conteúdos como operações que envolvem incógnitas e não apenas números. O material que antes era colorido e divertido agora passa a ser apenas a lousa e cadernos. O número de matérias aumenta, trazendo mais atividades para se fazer em casa e o tempo que antes era destinado a TV, celulares, computador ou brincadeiras passa a ser dividido com os deveres.
O nono ano, onde a contagem regressiva para concluir o ensino fundamental começa, e a vontade de crescer rápido e entrar no famigerado ensino médio só aumenta. Mas isso é deixado de lado quando as aulas começam e assuntos como velocidade média, distribuição eletrônica, ligações químicas, linhagem de presidentes que já governaram nosso país, teorema de Pitágoras, entre outros temas começam a ser tratados. Materiais como calculadora científica e tabela periódica que antes eram apenas números e letras, começam a fazer mais sentido. As preocupações aumentam pois no próximo ano se iniciará uma nova etapa, talvez em outra instituição de ensino, e para ser bem sucedido nela, será necessário o domínio das noções básicas de conteúdos que serão tratados mais profundamente.
E enfim o ensino médio chega, as dúvidas sobre onde cursar esses últimos três anos antes de ingressar em uma faculdade estão a flor da pele. Participar de processos seletivos, ensino médio básico ou técnico? Continuar na escola em que cursei o fundamental e tenho amigos ou ir para uma escola nova onde não conheço ninguém? Essas foram as maiores dúvidas sobre esse período. A partir daí a tomada de decisão fica a seu cargo e não mais de seus pais, eles te apoiam e orientam mas não decidem por você (ou pelo menos não deveriam). A primeira chamada dos processos seletivos sai, e o resultado não é bom. A segunda chamada sai e o resultado também não é bom, e quando as esperanças já estão acabando sai a terceira chamada e na última tentativa veio a aprovação. A felicidade de ter conseguido passar em uma boa instituição vem com um misto de tristeza por deixar os amigos da antiga escola e o medo de começar em uma instituição nova, onde quase ninguém é conhecido. E por fim, começam a aulas e o medo acaba quando se percebe que novas amizades vão surgir e a tristeza também diminui, pois os amigos da antiga escola continuam sendo meus amigos. Agora nessa nova etapa, a maior dificuldade é se acostumar com o novo método de ensino e com novos professores bem diferentes de escolas estaduais e municipais, matérias do curso técnico, aulas em período integral onde o estudo é dobrado.
O que importa nisso tudo é que tanto o ensino fundamental que já conclui, quanto esse início de ensino médio, foram primordiais para minha formação acadêmica, pessoal e social. De desenhos de colorir ao teorema de Pitágoras, tudo foi de alguma forma conhecimentos que vão ser levados para o resto da vida. Por mais de que todos nós estudantes gostaríamos de ficar em casa ao invés de estar na escola se dedicando a aprender conteúdos complicados. A escola é um ambiente que deve proporcionar relações para nos tornarmos seres sociais que se comunicam com diversas etnias, cores, gêneros e religiões este é um espaço onde todos devem ter os mesmos direitos e deveres onde devem ser proporcionados oportunidades para aprender respeitar as diferenças. Além de que é nessa instituição que adquirimos conhecimento e pensamento cientifico, filosófico, sociológico… Minha experiência escolar de maneira geral foi boa, claro que ouve algumas falhas na questão de relações sociais e em conteúdos que não considero tão relevantes para minha formação acadêmica. Ao término dessa etapa da minha vida escolar quero sentir falta de tudo que vivi, aprendi e das pessoas que conheci, tanto do corpo docente da escola, funcionários quanto dos amigos que fiz, e também irei levar comigo um pouco de tudo isso.