Um compêndio dos efeitos que a atual estrutura social e econômica, com base no que é descartável e efêmero, gera na vida, seja no amor, nos relacionamentos profissionais e afetivos, na segurança pessoal e coletiva, no consumo material e espiritual, no conforto humano e no próprio sentido da existência. Em ‘Vida líquida’, Zygmunt Bauman volta ao tema da fluidez da existência contemporânea desenvolvido também em outras obras de sucesso do autor – como ‘Amor líquido’ e ‘Modernidade líquida’. Segundo o sociólogo, a precificação generalizada da vida social e a destruição criativa própria do capitalismo suscita uma condição humana na qual predominam o desapego, a versatilidade em meio à incerteza e a vanguarda constante do eterno recomeço.
Zygmunt Bauman
Nasceu em 1925, na Polônia. Sociólogo, iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo sua carreira no Canadá, Estados Unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos. Responsável por uma prodigiosa produção intelectual, recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra). Professor emérito das universidades de Varsóvia e Leeds, tem mais de trinta livros publicados no Brasil, com enorme sucesso de público, dentre os quais destacam-se Amor Líquido, Globalização: as Consequências Humanas e Vidas Desperdiçadas. Zygmunt Bauman morreu em 9 de janeiro de 2017, em Leeds, na Inglaterra, aos 91 anos.