A história de ‘O conto da Aia’ passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes – tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado – há as esposas, as marthas, as salvadoras etc. À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Offred tem 33 anos. Antes, quando seu país ainda se chamava Estados Unidos, ela era casada e tinha uma filha. Mas o novo regime declarou adúlteros todos os segundos casamentos, assim como as uniões realizadas fora da religião oficial do Estado. Era o caso de Offred. Por isso, sua filha lhe foi tomada e doada para adoção, e ela foi tornada aia, sem nunca mais ter notícias de sua família. É uma realidade terrível, mas o ser humano é capaz de se adaptar a tudo. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.
Sobre a autora...
Uma das maiores escritoras de língua inglesa, Margaret Atwood foi consagrada com alguns dos mais importantes prêmios internacionais, como o Man Booker Prize (2000) e o Príncipe de Astúrias (2008), pelo conjunto de sua obra, além de ter sido agraciada com o título de Cavalheira de L’Ordre des Art et Lettres, na França. Tem livros publicados em mais de 30 idiomas e reside em Toronto, depois de ter lecionado Literatura Inglesa em diversas universidades do Canadá e dos Estados Unidos e Europa. Transita com igual talento pelo romance, o conto, a poesia e o ensaio, e se destaca por suas incursões no terreno da ficção científica, em obras como O Conto da Aia e Oryx e Crake.
Sugestão de Série baseada no livro…
The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia) é uma série de televisão estadunidense criada por Bruce Miller, baseado no romance homônimo de 1985 da escritora canadense Margaret Atwood sobre a distopia de Gileade,[1] encomendada pelo serviço de streaming Hulu, para produção de 10 episódios, com produção no final de 2016.
Os três primeiros episódios da série estrearam em 26 de abril de 2017, com os subsequentes sete episódios adicionados semanalmente a cada quarta-feira. Em maio de 2017, foi renovada para uma segunda temporada, que estreou em 25 de abril de 2018.
A terceira temporada tem data de lançamento em 5 de junho, com exibição dos três primeiros episódios. Novos capítulos serão disponibilizados semanalmente, às quartas-feiras, pelo Hulu. Esta temporada tem 13 episódios encomendados pela Hulu.[2]
The Handmaid’s Tale venceu os prêmios de Programa do Ano e Série Dramática no Television Critics Association e oito Prémios Emmy do Primetime, incluindo Melhor Série Dramática, em 2017.[3]