A muda de coco é um insumo básico de grande importância para a viabilidade econômica de um coqueiral. É comum observar plantios de coqueiros adultos cujas plantas – mesmo recebendo tratos culturais adequados – não apresentam produção satisfatória, em virtude das limitações de seu potencial genético. Também ocorrem situações em que o plantio da semente (bola) é feito diretamente no campo – ou simplesmente com mudas raquíticas e/ou estioladas –, sem passar por um processo prévio de seleção no viveiro. Em todas essas situações, as mudas apresentam atraso em seu desenvolvimento, com reflexos quase sempre negativos na precocidade e na produtividade das plantas, comprometendo a viabilidade econômica do empreendimento. Para se obter uma boa muda de coqueiro, é necessário considerar não apenas as características genéticas da semente, mas também critérios mais específicos como a velocidade de germinação, o tamanho, a idade e o vigor da plântula. Mudas com 1 ano de idade, com 6 a 7 folhas novas – produzidas pelo sistema tradicional de germinadouro e viveiro – estão sendo, gradualmente, substituídas por mudas produzidas pelo sistema alternativo, no qual as mudas são produzidas com 5 a 6 meses de idade, com 3 a 4 folhas vivas, e transplantadas diretamente do germinadouro para o campo. Nessa fase, o maior teor de reservas contido na semente e a menor transpiração da plântula – em decorrência de sua menor área foliar – garantem maior índice de pagamento da muda no campo. Trata-se de um sistema de produção simples, de comprovada eficácia e acessível à maioria dos produtores, constituindo-se uma alternativa de receita para quem deseja se dedicar a essa atividade.