A cebola (Allium cepa L.) é originária da região compreendida pelo Afeganistão, Irã e partes do sul da antiga União Soviética. Pertence à fanu1iaAlliaceae, juntamente com outras espécies de utilização condimentar, e é classificada botanicamente como Allium cepa L. Trata-se de uma espécie bienal que, em condições normais, produz bulbos no primeiro ano, a partir das sementes, e sementes no segundo ano, a partir dos bulbos. As plantas são herbáceas, com folhas ocas e cobertas por uma camada cerosa.
O pseudocaule é formado pela superposição das bainhas carnosas das folhas. O sistema radicular é do tipo fasciculado, com poucas ramificações, alcançando até 60 em de profundidade. Externamente são envoltos por túnicas brilhantes, de coloração variável. O caule verdadeiro situa-se na base do bulbo de onde partem as folhas e raízes.
Leia o livro em PDF
No Brasil, a cebola destaca-se ao lado da batata e do tomate, como as olerícolas economicamente mais importantes tanto pelo volume produzido – em tomo de 1 milhão de toneladas/ano – como pela renda gerada. A produção ocorre nas Regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), que contribui com 52,4% da produção nacional, Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), com 30,3%, e Nordeste (Pernambuco e Bahia), com 17,3%.
A cebolicultura nacional é uma atividade praticada principalmente por pequenos produtores e sua importância socioeconômica fundamenta-se não apenas em demandar grande quantidade de mão-de-obra, contribuindo para a viabilização de pequenas propriedades, como, também, para fixar os pequenos produtores na zona rural, reduzindo desse modo a migração para as grandes cidades. No Nordeste Brasileiro, a cebola foi introduzida no final da década de 40, e é predominantemente produzida no Vale do São Francisco, onde o cultivo é realizado durante o ano todo, com concentração de plantio nos meses de janeiro a março, gerando cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos.