No Brasil, tradicionalmente, a cultura do coco ocupa a faixa litorânea do Nordeste, onde é explorada a variedade Gigante, responsável pela produção de “coco seco”. Essa variedade, destinada ao mercado in natura e à indústria de alimentos, ocupa uma área de 282 mil hectares, aproximadamente. Nessa região, predominam pequenas propriedades (menos de 10 ha), que se caracterizam pela utilização de sistemas de produção semi extrativistas. A partir de 1985, observou-se um crescimento significativo do cultivo da variedade Anão, destinada à produção de água-de-coco, levando essa variedade a ocupar atualmente uma área estimada de 80 mil hectares.
Nesse caso, observa-se que o plantio é realizado em grandes áreas, onde se utilizam sistemas intensivos de produção, com irrigação localizada por micro aspersão. O cultivo do coqueiro-híbrido, resultante do cruzamento das variedades Gigante e Anão, embora apresente grande potencial produtivo decorrente de sua dupla aptidão (indústria e água-de-coco), não apresenta área significativa de plantio, haja vista as dificuldades e os custos elevados para se obter sementes híbridas. Qualquer que seja a opção do produtor, a cultura do coqueiro apresenta grande potencial de exploração, considerando-se sua capacidade de adaptação a diferentes condições de clima e solo, além do que se presta muito bem ao cultivo consorciado com outras culturas, característica da maior importância para o pequeno produtor com limitada área de cultivo.