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A cultura do nim

As menções mais antigas sobre a árvore conhecida como nim (Azadirachta indica A. Juss) datam de 4.500 anos atrás. No Brasil, o nim foi introduzido há cerca de 20 anos, e a maior parte das plantações, hoje, não tem mais que 10 anos. Seu cultivo em nosso país desenvolveu-se à margem de pesquisa e de orientação técnica sólidas, e sob forte influência do mercado e da propaganda comercial.

Como consequência, as informações técnicas, quando disponíveis, são muitas vezes desencontradas e carentes de aperfeiçoamento. Até mesmo alguns assuntos básicos sobre o nim precisam ser determinados com rigor, como o rendimento de frutos e o de madeira segundo seu uso final (como lenha ou serraria). Somente de posse de conhecimentos firmemente baseados na pesquisa será possível fazer do cultivo do nim um empreendimento comercial e econômico seguro.

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Em clima e solos adequados, o nim é uma árvore de cultivo muito fácil. Seu ponto mais atraente está na copa das árvores, em qualquer escala de produção. Na propriedade rural, qualquer que seja seu tamanho ou nível econômico, os frutos e as folhas de nim têm inúmeras aplicações, na lavoura e na pecuária, como substituto de produtos sintéticos, como certos inseticidas e vermífugos. Os frutos de nim são comercializáveis, por se prestarem à produção de um óleo que compõe produtos industriais destinados a vários usos agropecuários, veterinários, cosméticos e medicinais.

Como produtor de madeira, no Brasil, o nim poderá ter muito valor comercial em regiões de clima seco, com regime de chuvas abaixo de 900 mm/ano, adaptando-se até mesmo às 11 áreas mais secas do Nordeste. Para regiões úmidas, há espécies adequadas à produção de madeira, como eucaliptos, pinheiros, teca, entre outros. Este trabalho resultou, principalmente, da experiência e da observação do nim em campo ou na indústria, durante vários anos, em diferentes pontos do País. Informações de literatura foram usadas de modo secundário, e sempre com cautela, para esclarecer pontos duvidosos advindos da observação direta. O cultivo do nim ainda é incipiente, aos olhos da ciência florestal; portanto, deverá ser aperfeiçoado com a geração de novas tecnologias.

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