Site Overlay

Contos Gauchescos – João Simões Lopes Neto

821.134.3(816-5)-34 / L864c

Principal obra regionalista da literatura brasileira anterior ao Modernismo, Contos gauchescos foi publicado em 1912. Ao dar expressão poética às mais antigas tradições culturais gaúchas, Simões Lopes Neto (1865-1916) criou a obra de valor universal. Nascido em Pelotas, no Rio Grande do Sul, escreveu também crônicas e peças de teatro. Foi jornalista, professor e capitão da Guarda Nacional.

Leia o livro em PDF

 

 

 

 

 

João Simões Lopes Neto

João Simões Lopes Neto passou a infância nas estâncias de propriedade dos avós, no interior do Rio Grande do Sul. Aos 13 anos partiu para o Rio de Janeiro, onde estudaria no Colégio Abílio e, a seguir, na Faculdade de Medicina.

Por motivos de saúde, contudo, abandonou os estudos e retornou ao Sul, para residir em sua cidade natal, Pelotas, onde trabalhou como professor, tabelião, funcionário público, comerciante e industrial.

Em Pelotas, incentivou a vida cultural, escrevendo peças para grupos de teatro amador e participando de iniciativas que visassem à preservação das tradições gaúchas. Atuou também na imprensa, nos jornais A Opinião Pública e O Correio Mercantil , às vezes usando o pseudônimo de João do Sul.

Principal figura do regionalismo  rio-grandense, Simões Lopes Neto deixou pequena obra de ficção: dezoito contos (Contos gauchescos, 1912) e algumas lendas ( Lendas do sul, 1913) recontadas de maneira literária.

Os contos são narrados pelo vaqueano Blau Nunes, no qual, segundo José Paulo Paes, Simões Lopes Neto “encarnou sua nostalgia do velho Rio Grande, o Rio Grande do Império e da Primeira República, cuja rude sociedade pastoril, com seu código de bravura pessoal, lhe forneceu os heróis e os motivos de sua novelística”.

O escritor narra suas histórias em primeira pessoa, o que concede autenticidade aos ambientes e personagens. Às vezes, o linguajar prepondera sobre a trama, diminuindo a força da narrativa, mas, em alguns casos, o drama dos personagens avulta, concedendo vida a contos admiráveis. É o que acontece, por exemplo, em “Trezentas onças”, “O boi velho”, “O chasque do imperador” e “Contrabandista”.

Quanto às lendas, três são verdadeiras obras-primas: “A boitatá”, “A Salamanca do Jarau” e “O Negrinho do Pastoreio”.

Após uma sequência de desastres no mundo dos negócios, Simões Lopes Neto faleceu em completa pobreza.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © 2024 . All Rights Reserved. | Chique Photography by Catch Themes