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Grupo GEMP: emoção que quebra as barreiras do palco

Foi com grande entusiasmo que a Companhia de Dança GEMP deixou emocionado o público de cerca de 600 pessoas que estava presente na noite do dia 19, na Mostra de Ciências do CAFW, que aplaudiu em pé e fervorosamente ao final do espetáculo “Um país para todas as cores”.

Declarado Patrimônio Cultural da cidade de Crissiumal/RS, o Grupo, que foi criado no ano de 1994, a partir da ideia de Leandro Diel Rupp, já tem uma longa caminhada com um histórico de apresentações por grande parte do Brasil, América Latina e Europa. Com um início em forma de brincadeira e com o objetivo apenas de divertimento, um grupo de estudantes do colégio Grupo Étnico Madre Paulina ensaiava danças no pátio da escola. Com o tempo, a brincadeira foi ficando séria e o grupo cresceu, se tornando hoje a Escola e Companhia de Dança GEMP, que primeiramente apresentavam danças do folclore internacional e, posteriormente, foram incorporando o folclore nacional. Atualmente, a escola e a companhia atendem crianças a partir dos 3 anos até idosos com mais de 70 anos.

Leandro, que há 18 anos coordena o grupo, afirma que “o mais difícil a cada ano é motivar os adolescentes, pois temos uma adolescência cada vez mais sedentária...e no grupo eles precisam abdicar de uma série de coisas, pois estão sempre viajando com um espetáculo ou ensaiando, pois as nossas vidas são diferentes das vidas dos demais jovens que moram em Crissiumal”. Também, o professor de dança que também atua como Psicólogo, destaca que “coordenar equipes e treinar adolescentes é minha especialidade e a experiência maior é a troca, quando vamos para outras cidades e outros países, onde você encontra pessoas completamente diferentes que fazem coisas em comum: a dança”.

No espetáculo apresentado no CAFW, foi representada a cultura e o folclore do Brasil, caracterizado por danças tradicionais de regiões como o nordeste, Amazônia, sul e centro do país. Um dos bailarinos que ajudou a abrilhantar a noite, e que também é aluno do terceiro ano do Colégio Agrícola, se emocionou falando sobre a experiência de fazer parte de um grupo como este. “É muito importante a participação no grupo principalmente na parte de intercâmbio e cultura, pois é uma experiência muito grande de mundo com outras etnias, valores e das formas de viver que compõe as pessoas...pra mim especialmente, no espetáculo de hoje, que representa o Brasil, é muito gratificante, e inclusive emocionante a gente poder representar a nossa nação na forma da dança. Eu faltei vários períodos de aula nesses três anos que estou aqui e agora os professores podem entender o meu trabalho. Comecei a dançar em 2008 e quero seguir dançando”, frisa Lucas Schwingel.

A plateia ficou motivada com a autenticidade do grupo. Mateus Berlatto da Rosa, estudante do CAFW destaca que “nunca tinha assistido algo igual, achei surpreendente a forma como eles tentaram trazer a cultura das regiões do Brasil. Não foi só a dança, também foi legal a dramatização, a introdução às danças, fazendo primeiro o público entender o que queriam passar para depois dançar, tentando comover o público. Eles têm uma marca própria nas danças, algo bem diferente do que eu já tinha visto”.


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